Autonomia para o dia-a-dia
- Camila Kilter

- 8 de set.
- 2 min de leitura
Olhando para traz é muito fácil falar o que fizemos e que não faríamos mais. Estou escrevendo isso por que em vários momentos vi que estava minando a autonomia do Gabriel, só por fazer as coisas por ele.
Não posso me julgar, afinal só tive um filho, e não sabia como fazer. Além do mais, estava cansada e era mais fácil pegar agua para ele do que deixar que ele pegue sozinho. Podia ser perigoso, ele poderia quebrar alguma coisa, derramar agua pela casa, e no final eu teria que arrumar, limpar, guardar.
O tempo foi passando e percebi que fazer por ele só me deixava mais cansada e ele mais folgado. Folgado sim, não por que ele não sabia o que fazer, mas por eu ter feito sempre, para ele era normal me pedir ao invés de fazer.
E foi então que as coisas mudaram. A prateleira das bolachas ficaram na altura certa para que ele pudesse pegar. Garrafas de agua na geladeira, disponíveis para ele. Eu parei de saber onde estavam todas as coisas e ele teve que começar a procurar. E ele teve que começar a prestar atenção ao redor, tomar conta de suas coisas e dele mesmo.
Hoje em dia procuramos ter um ambiente mais adequado possível, para que ele possa fazer tudo sozinho. Claro que com a idade, a vontade de ser autónomo aumentou, o que facilitou muito. Seguimos com as prateleiras de bolacha acessível, e passamos a deixar ele fazer as coisas.
Não vou negar que muitas vezes me pego querendo controlar tudo, mas sei que isso é ruim para ele. Nessa hora respiro fundo e deixo acontecer.
Dicas de coisas que fizemos.... alem da prateleira de bolacha:
Cadeira de banho para que ele pudesse passar a tomar banho sozinho.
Barras de segurança no banheiro facilitando o sentar e levantar.
Tiramos os tapetes e mesas de centro, facilitando a circulação.
Cadeiras estáveis, evitam queda.
e desapegar.... coisas vão quebrar, a casa vai sujar... e no final teremos uma pessoal funcional, que poderá cuidar de si mesma. Acho que vale a pena.








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