Como a Paralisia Cerebral é Diagnosticada? Minha experiência com esse momento tão delicado
- Camila Kilter

- 20 de jul.
- 2 min de leitura
Desde muito cedo, eu ouvia da médica que meu filho tinha atraso motor.
Ele demorou mais que o esperado para sentar, não se equilibrava sentado... e eu, como mãe de primeira viagem jogava a culpa de tudo isso no "atraso motor". Sabia que não estava tudo certo, tinha algo a mais, mas tambem era cómodo falar que ele tinha este atraso e que em breve ele chegaria ao desenvolvimento correto, apesar de ser um pouco mais tarde que as demais crianças que nasceram no tempo certo. Como já falei antes, o Gabriel nasceu com 29 semanas.
Um dia resolvi perguntar de forma mais direta para a pediatra como chamava o que o Gabriel tinha e foi então que ela me falou que o diagnóstico era de paralisia cerebral.
De acordo com a pediatra, esse é um diagnóstico muito duro. Pelo espectro ser muito amplo, temos crianças que ficam não se comunicam e nem se mexem e outras que simplesmente mancam e todas tem o mesmo diagnóstico. Por isso, muitos profissionais preferem esperar para fechar esse nome.
Eu entendo. Mas também sei o quanto essa espera pode ser angustiante ou alienante, ficamos meio perdidas nisso tudo.
A paralisia cerebral é geralmente diagnosticada com base em observações clínicas, acompanhamento do desenvolvimento motor, exames de imagem como a ressonância magnética, e sinais como rigidez ou flacidez muscular, dificuldade de postura e movimento. Em muitos casos, o diagnóstico é feito entre 1 e 2 anos, mas alguns profissionais já suspeitam bem antes.
No meu caso, apesar de não saber o nome do que meu filho tinha, ele já estava na Fisioterapia e na Terapeuta Ocupacional desde que tinha 1 ano, mas isso só aconteceu por termos o privilégio de ter um primo que trabalha com saúde que nos direcionou e disse que tínhamos que olhar e continuar buscando respostas.
Sinceramente eu sei que não é nada fácil saber de um diagnóstico assim, mas temos que encarar e ser fortes, se não é parecido com as demais crianças que você já viu, questione, observe, pergunte de novo. Porque quanto antes a gente souber, mais cedo a gente pode agir.
Não é sobre o saber que tem algo diferente, mas sobre como temos que seguir a partir dai.







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