Como fomos do andador para a muleta
- Camila Kilter

- 17 de set.
- 3 min de leitura
Atualizado: 29 de set.

Nossa rotina atual, é bem diferente de quando o Gabriel nasceu. Mas a rotina do Gabriel desde sempre foi muito agitada, sempre cheia de terapias, escola e correrias. Mas uma coisa não posso negar, sempre estivemos atentos e buscamos informações de como proporcionar uma melhor qualidade de vida para o Gabriel.
No inicio, soubemos que é fundamental para o desenvolvimento humano se colocar em pé, e fomos em busca disso, buscamos lojas de andadores, no Brasil e fora, vimos as melhores opções e escolhemos o andador mais adequado para o Gabriel, sempre com a orientação da fisioterapeuta.
Passaram alguns anos e ele já estava se movimentando muito bem de andador, começamos a treinar o equilíbrio. Fazíamos desafios deixando primeiro o Gabriel encostado na parede por segundos, sem apoio, depois minutos ..... passando o tempo, começamos a treinar sem o apoio da parede, o que foi mais difícil. Mas ele conseguiu.
Na fisioterapia, conseguimos uma bengala infantil, e ele começou a treinar se locomover com ela.
Estávamos bem avançados neste ponto quando começamos as varias cirurgias.... o que fez voltarmos para o ponto inicial muitas vezes. Imagina só, ele estava andando de bengala, ficando sozinho em pé sem apoios e depois das cirurgia, tínhamos uma cadeira de rodas em casa.
Saiamos da cadeira de rodas, voltávamos para o treinamento de bengalas e muletas e de equilíbrio. A sorte do Gabriel é que ele tem um pai que não desiste nunca e sempre tinha ideias mil. Uma delas foi arrumar um andador de adulto, sem rodas e fazer o Gabriel usar ele dentro de casa. Sabe aqueles andadores de "velhinhos", então este mesmo. Ajustamos a altura, alinhamos com a físio e bora treinar.
Dentro de casa estava inviável usar o andador de rodinhas, ele estava crescendo e não tínhamos mais espaço, e não queríamos que ele ficasse engatinhando pela casa. Não fazia sentido, já tínhamos chegado tão longe.
E foi assim que o andador sem rodinhas saiu de casa, passou a ir da porta de casa até a garagem, e passamos a usar o andador grande somente na escola ou lugares abertos. Mais uma vitória.
Não esqueça que seguíamos treinando a muleta com a físio. E foi ai, depois de já estarmos tranquilos com o andador sem rodinhas que demos mais um passo, e fomos para a muleta.
Só para lembrar, nesse meio tempo teve outra cirurgia, com outra vez uma cadeira de rodas..... mas desistir não é uma opção. E conseguimos começar a usar a muleta dentro de casa, e não mais o andador sem rodinhas.
E a muleta saiu de casa, fez o mesmo percurso do andador sem rodinhas. O andador sem rodinhas foi aposentado e nos últimos anos, usamos muletas dentro de casa e andador com rodinhas para a escola.
Hoje, conseguimos fazer percursos curtos fora de casa de muleta. Percursos maiores de andador com rodinhas, e longas distancias de cadeira de rodas.
Por exemplo, se vamos no museu, chegamos até la de andador, mas dentro do museu, fazemos de cadeira de rodas. Bom, cadeira de rodas é um tema que vamos ter que lidar por aqui ainda ... não queremos ter uma, é possível que precise, mas por enquanto estamos conseguindo gerenciar o dia-a-dia com o andador e a muleta.
Eu torço muito para seguir assim, e seguimos no treinamento diário para garantir que isso aconteça, ou melhore!
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