Cirurgias ajudam no tratamento da paralisia cerebral?
- Camila Kilter

- 3 de ago.
- 2 min de leitura

A resposta para esta pergunta é sim. Mas isso não significa que todas as crianças com Paralisia Cerebral precisem operar.
A primeira cirurgia do Gabriel foi de Hérnia Inguinal, nada a ver com a Paralisia Cerebral, isso mostra que mesmo se ele não tivesse paralisia teria que fazer esta cirurgia.
O que eu quero dizer aqui é que nem tudo se resolve com cirurgia, que é possível que seu filho faça cirurgia que não tem nada a ver com a paralisia cerebral, e que sim, quando necessário a cirurgia ajuda muito!
A paralisia cerebral afeta os movimentos como já falei e com o tempo, músculos e articulações podem se encurtar, enrijecer ou deformar. Isso pode causar dor, limitações funcionais e dificuldades no dia a dia.
Quando isso acontece, a cirurgia pode ser uma opção. No caso do Gabriel, foram várias cirurgias e intervenções realizadas. Vou listar abaixo o que já fizemos:
Cirurgia de hérnia inguinal
Aplicação de toxina botulínica nas pernas
Bloqueio com fenol nas pernas
Cirurgia de estrabismo bilateral
Cirurgia de alongamento miofascial seletivo de adutores e isquiotibiais mediais, com transferência do semitendíneo para a tuberosidade do adutor e alongamento miofascial seletivo do tríceps sural bilateral
Cirurgia de adenoide e amígdalas
Cirurgia de rizotomia dorsal seletiva
Cirurgia do calcâneo (pés direito e esquerdo)
Alguns relatos das cirurgias vocês podem ver no Blog, com mais detalhes.
Mas pessoal, isso não significa que todas as crianças com paralisia cerebral passarão por isso, cada caso deve ser avaliado pelos médicos.
As cirurgias do Gabriel foram para:
✅ Alongar músculos ou tendões
✅ Corrigir deformidades ósseas
✅ Melhorar o posicionamento do corpo
✅ Diminuir a dor
✅ Facilitar a higiene e os cuidados diários
✅ Aumentar a autonomia e a qualidade de vida
Eu realmente espero que sua criança não precisa passar por isso, pois alem da recuperação que em muitas das cirurgias foram super difíceis, mas também pelos traumas que isso acarreta. E os traumas não são somente nas crianças mas na família como um todo.
A cada cirurgia voltávamos 2 passos para trás, e depois seguíamos com as terapias e reabilitação para ganhar estes passos perdidos e continuar na evolução. É importante lembrar que a cirurgia não substitui a reabilitação. Fisioterapia é para o resto da vida, pelo que eu sei até agora.
O mais importante é ter um acompanhamento multidisciplinar, para avaliar se a cirurgia pode trazer benefícios reais para cada caso. Aqui em casa falamos sempre em consultar a "junta médica do Gabriel" por que nós sozinhos não temos como decidir.
Resumindo, as cirurgias ajudam muito, mas não fazem milagre. Por isso é bom ter profissionais de confiança neste processo.







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